Afinal, porque os magros são magros?

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Assim como o gordinho resolve fazer uma dieta para perder peso, o magro também acha que pode resolver a sua insatisfação com a própria imagem comendo mais. Conteúdo, esta estratégia não é segura nem garantida. Mas afinal, por que muitos magros comem, comem e comem, mas não engordam?

A nutricionista Cíntia Carneiro aponta para duas causas mais evidentes: “Geralmente as pessoas que são magras são mais ativas, pois têm o metabolismo mais alto, portanto, maior perda de energia. Além disso, eles comem menos do que pensam comer”, revela a profissional.

Para aqueles que realmente comem muito e não aumentam de peso na mesma proporção, os chamados “magros de ruim”, Carneiro avalia uma outra situação. “Pode haver neste caso alguma disfunção metabólica como uma baixa absorção de nutrientes a nível intestinal”.

A nutricionista avalia também que o tratamento da magreza é mais complicado que o da obesidade, já que muitas vezes os erros alimentares presentes no hábito da pessoa gorda não está presente na vida do magro e somente a estimulação de comida não é suficiente para aumentar o peso do paciente.

“É preciso verificar a relação que este paciente tem com a comida, que passa por fatores psicológicos. Ao procurar um tratamento adequado, seguramente a pessoa será encaminhada a uma abordagem multidisciplinar, com profissionais da área de nutrição, da psicologia, entre outros que se façam necessários”.

Para quem deseja um acompanhamento profissional para chegar a um peso mais confortável, a profissional indica as chamadas “clínica-escola”, presente nas principais universidades que oferecem o curso de nutrição.

Em Salvador, tanto a UFBA como a UNEB possuem núcleos de atendimento voltados para o ganho ou a perda de peso oferecidos à população de forma gratuita. Olha aí, pessoal, fica a dica!

Escute aqui um trecho da entrevista com a nutricionista onde a profissional explica por que muitas vezes comer muito não significa um ganho de peso na mesma proporção e garante que é possível sim, o aumento de peso diminuindo a quantidade de calorias ingeridas.

Cíntia Carneiro é formada pela UNEB, especialista em Bases Nutricionais em Atividade Física pela Universidade Gama Filho e atende em consultório particular. Além disso, é criadora do site www.nutricionistasalvador.com.br onde ela informa sobre alimentação, nutrição e saúde. 

Magros sim, e daí?

A magreza já teve altos e baixos ao longo da história da humanidade mas, de alguma forma, sempre influênciou ou denunciou os hábitos e costumes de cada sociedade, em seu tempo.

Hoje, a magreza ainda é o principal alvo da indústria da moda e, por isso, torna-se praticamente uma meta a ser alcançada, a todo custo. Até mesmo quando o perfil de um povo ou de uma determinada sociedade seja ser mais "pesado" mesmo! Em resposta a este contra fluxo, surgem os (as) modelos Plus Size...é a moda sendo obrigada a aceitar que o grande público não tem o corpinho das grandes modelos.

Em meio a este cenário, em que a magreza é sinônimo de beleza, auto estima e saúde (afinal, a obesidade é considerada o mal do século XXI); os magros que são magros por natureza nem sempre encontram-se confortáveis com esta condição.

Querendo ou não, ser magro é ser diferente, é sair do padrão, é chamar a atenção para si através de uma característica nem sempre tão desejada assim. Para alguns, ser magro estar insatisfeito com o próprio corpo, é tentar engordar e não conseguir, é usar roupas folgadas não por estilo, mas por falta de opção. É ser discriminado por parecer doente, é ser perseguido por apelidos pejorativos no ambiente escolar, profissional e até mesmo familiar.

É para discutir melhor as razões biológicas da magreza, além de refletir sobre suas implicações sociais e psicológicas sobre o ser magro e a sociedade na qual ele está envolvido que crio este blog-documentário.

A partir de hoje, este será mais um espaço de comunicação livre e democrático para discussão, através de matérias jornalísticas, pequenas reportagens,entrevistas, fórum de discussões, vídeos, podcats, fotos, enfim, das formas mais variadas e dinâmicas que o meio digital nos permite utilizar.

Espero poder contribuir, conscientizar e representar este pequeno grupo de pessoas que, discreta ou indiscretamente, está presente em todos os meios, basta olhar em volta!

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